Nossa história

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sábado, 9 de fevereiro de 2013

PARTIDA DA NOSSA MARLIZINHA

ESTAMOS DE LUTO!!!!

NOSSA AMADA MARLIZINHA SE FOI, DEIXANDO UM GRANDE VAZIO EM NOSSOS CORAÇÕES...

ELA, QUE SEMPRE FOI A GRANDE INCENTIVADORA DA NOSSA UNIÃO, DO RESGATE DA NOSSA HISTÓRIA...

MUITO TRISTE ESSA DESPEDIDA...

VÁ EM PAZ AMIGA E DEIXE A MARCA DO SEU SORRISO AMPLO E VERDADEIRO POR ONDE PASSAR NESSE PARAÍSO PRÁ ONDE FOI DESCANSAR

SEMPRE TE AMAREMOS!!!!!




2 comentários:

  1. MUITO TRISTE FICAR SEM A NOSSA MARLIZINHA...
    NÃO SABER AS CIRCUNSTÂNCIAS DA SUA PARTIDA NOS DEIXA EM CHOQUE...ESTOU DESOLADA...TANTAS HISTÓRIAS AINDA POR ESCREVER JUNTAS...
    COM AMOR,
    ERIKA

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  2. Eu trabalho muito com essa tênue que decide entre a vida e a morte.

    Em frações de segundo a pessoa, o ser, a vida que anda, que ama, que sofre,

    acaba... assim, de repente.

    Por trabalhar com isso eu procurei uma terapia para que, naquele espaço, eu pudesse erigir ao meu redor

    um escudo para não me deixar abalar com todas essas desgraças humanas. Mas eu lidava com pessoas desconhecidas.

    De repente me vejo diante de Marli que teve esse fio, que acho espiritual, cortado e vejo ela desabar sem vida.

    Eu sou hoje um turbilhão de emoções. Acho, agora, que em razão do que ela estava passando talvez tenha sido melhor assim.

    Talvez ela tenha descansado do fardo que eram suas crises e alterações de humor, porque, com certeza,quando ela estava

    com o humor controlado ela tinha consciência do que eram essas oscilações e tenha relaxado dizendo "Jesus me livrou desse fardo

    agora eu posso descansar".

    Talvez, nesse caso, a morte tenha sido uma bênção prá ela. Vá lá entender od deségnos Divinos, afinal, Êle escreve certo por

    linhas tortas.

    Quando recebi a notícia, chorei convulsivamente durante horas. No dia anterior tinha perdido e enterrado um ente querido,

    um primo foi injustamente preso e naquela momento soube que perdi Marlizinha (como ela tanto gostava que nós a chamássemos

    por era assim que seu pai a chamava. Então eu precisei chorar...chorar muito! Chorar por meu amigo que se foi,

    chorar por meu primo que estava preso e chorar por Marlizinha.

    Na convulsão de meu pranto percebi que chorava por todas nós.

    Chorava por Teresa Almeida.

    Chorava por Selésia.

    Chorava por Marlizinha.

    E chorava porque a sensação da irremediável estrada a caminho da morte era cruel.

    Chorei, muito, absurdamente descontrolada porque tive a verdadeira noção da tenuicidade da linha que nos mantém entre a vida e a morte.

    A linha de Marlizinha de repente se rompeu. Ela suportou todo seu transtorno mental como uma guerreira, mas não

    suportou mais e "Alguém" resolveu cortar essa linha e deixar que Marlizinha partisse e descansasse.

    A sensação de que não somos nada veio com intensidade.

    Marlizinha era nossa "amiga para sempre", só que o para sempre dela foi curto.

    Marlizinha construiu coisas, apesar de sua limitação mental, Ela conseguiu aproveitar cada minuto de lucidez para fazer as coisas aconteceram.

    Quando ela estava completamente controlada, ela construiu nosso grupo(que Deus a abençoe para sempre por isso). Liderou, coordenou, tomou decisões,

    sempre procurando conciliar e fazer uma gestão democrática. EM algumas horas se desesperou, perdeu o rumo. Mas se reergueu. E a cada

    reerguida ela promovia alguma coisa para esse grupo que ela amava de paixão.

    Chorei convulsivamente porque vi o quanto precisamos nos unir porque não sabemos quando é o "para sempre" de cada uma.

    Nunca imaginei o quanto eu gostava de Marlizinha e vi que quando dizem que só damos valor a alguém quando o perdemos é verdadeiro

    Estou sentido um vazio na alma e a sensação de que somos passageiras.

    Sinto que nosso grupo agora tem três cadeiras vazias.

    E amei mais cada uma.

    E senti cada uma como parte de mim, como parte da minha vida, como parte da minha estória.

    E senti a vontade de abraçar, de beijar, de estar juntas, falando alto como se tivéssemos numa feira, dizendo coisas que ninguém ouve

    porque a gritaria é muita.

    Fiquei vendo, mentalmente, essa balburdia que fazemos. De fora eu via a confusão e sorria.... Não mais chorava.

    Minhas amigas para sempre estão aqui, mesmo com tres carteiras vazias e eu ainda posso desfrutar do prazer que sinto com essa confusão toda.

    Marlizinha, nós te amamos. Como amigas para sempre, te amaremos para sempre, não importa quanto seja o "para sempre" de cada uma de nós.

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